sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Perguntas frequentes

P – Se animais matam outros animais para se alimentar, porque deveríamos agir de forma diferente?
R – Os animais que matam para se alimentar não poderiam sobreviver se agissem de outra forma. Este não é o nosso caso. Nós, humanos, na verdade nos tornamos mais saudáveis quando adotamos uma dieta vegetariana. Além disso, se nós não costumamos nos comportar como animais, por que deveríamos abrir uma exceção para este caso?

P – Os seres humanos não têm que comer carne para permanecer saudáveis?
R – O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos e a Associação Dietética Americana, dois órgãos que são referência mundial em questões alimentares, endossaram dietas vegetarianas. Pesquisas demonstraram também que vegetarianos possuem sistemas imunológicos mais fortes, e que os consumidores de carne têm duas vezes mais chances de morrer de doenças cardíacas e probabilidades 60% maiores de morrer de câncer. O consumo de carne, leite e seus derivados tem sido ainda relacionado a diversas outras doenças, como diabetes, artrite e osteoporose.

P – Os vegetarianos ingerem proteína suficiente?
Em boa parte dos casos, o problema é ingerir proteína em demasia, não em quantidade insuficiente. Muitos dos que consomem produtos de origem animal ingerem três ou quatro vezes mais proteínas do que necessitam. Há uma enorme variedade de alimentos vegetarianos ricos em proteínas, como massas, pães, feijões, ervilhas, milho e até mesmo cogumelos. Quase todos os alimentos contêm proteína. É quase impossível não obter proteína suficiente em uma dieta que possua a quantidade de calorias adequada, mesmo que não se faça uma escolha mais cuidadosa dos alimentos. Por outro lado, proteína em demasia é uma das principais causas conhecidas de osteoporose e doenças renais.

P – Comer carne é natural. Tem sido assim por milhares de anos. Nós evoluímos desta maneira.
R – Na verdade, nós não evoluímos para comer carne. Animais carnívoros possuem dentes caninos pontiagudos, garras e um trato digestivo curto. Os seres humanos, em seu atual estágio de evolução, não apresentam garras nem caninos desenvolvidos. Temos molares lisos e um trato digestivo longo, muito mais adequado a uma dieta de vegetais, grãos e frutas. Comer carne é perigoso para nossa saúde; contribui para o aparecimento de doenças cardíacas, câncer e uma infinidade de outras doenças.

P – Se todos passassem a comer apenas alimentos de origem vegetal, haveria bastante comida para todos?
R – Boa parte da safra mundial de grãos é na verdade destinada a alimentar o gado. Desta forma, se todos se tornassem vegetarianos, haveria muito maior abundância de alimentos. Nos Estados Unidos, por exemplo, 80% do milho produzido são usados na alimentação dos animais criados para consumo. Em todo o mundo, o gado consome uma quantidade de alimento equivalente às necessidades calóricas de 8,7 bilhões de pessoas – mais do que toda a população humana do planeta.

P – Os fazendeiros tratam seus animais muito bem, ou eles não produziriam tanto leite e ovos.
R – Os animais nas fazendas não ganham peso, produzem leite e colocam ovos porque se sentem confortáveis, contentes, ou são bem tratados, mas, na verdade, porque foram manipulados especialmente para fazer estas coisas, com drogas, hormônios e técnicas de criação e seleção genética. Além disso, os animais criados para produção de alimentos, mesmo vacas leiteiras e galinhas poedeiras, hoje são abatidos em idade extremamente jovem, antes que as doenças e a miséria os dizimem. É mais lucrativo para os fazendeiros absorver as perdas ocasionadas por mortes e doenças do que manter os animais em condições humanitárias.

P – Vegetarianismo é uma questão de escolha pessoal. Não tente forçar os outros a fazer esta escolha.
R – De um ponto de vista moral, as ações que prejudicam outros não são questões de escolha pessoal. O assassinato, o estupro, o abuso de crianças e a crueldade para com os animais são atitudes imorais. Nossa sociedade incentiva hoje o hábito de comer carne e a crueldade nas unidades de criação de animais, mas a história nos ensina que esta mesma sociedade um dia encorajou a escravidão, o trabalho infantil e muitas outras práticas agora universalmente reconhecidas como imorais.

P – Eu conheço um vegetariano que não é saudável.
R – Há, claro, vegetarianos que não são saudáveis. Assim como há comedores de carne na mesma situação. Mas o fato é que as pesquisam comprovam que dietas vegetarianas bem variadas e de baixo teor de gordura criam melhores condições para uma vida mais longa e saudável.

P – Eu não matei o animal.
R – Não, mas financiou sua morte, tornando-se responsável direto por ela. Sempre que você compra carne, assina um atestado de culpa: a morte daquele animal foi para seu usufruto e você pagou por ela.

fonte: vista-se.com.br

terça-feira, 9 de novembro de 2010

A cruel indústria da venda de animais.

COMPRAR OU ADOTAR UM ANIMAL?
Por Lilian Rockenbach

Em primeiro lugar animais são seres que existem por suas próprias razões, são criaturas de Deus e não existem para nos servir.

Se entendermos que animais não são mercadorias, mas seres capazes de ter sentimentos, que têm necessidades de amar e de serem amados, que sofrem por dor, por fome, por frio, por abandono e por solidão, exatamente como nós, humanos, inteligentes, evoluídos, no topo da cadeia alimentar, passaremos a enxergá-los como VIDA e concordaremos que não há sentido em se comprar animais.

Nós não compramos um amigo humano, porque deveríamos comprar um animal?

O CONCEITO DE VIDA DEVE SER RESPEITADO.

Inicialmente precisamos aceitar que há uma cruel tradição humana de encarar que animais são coisas, são produtos, são fonte de renda, de lucro, de prazer, de diversão, etc.. Quando enxergamos animais desta forma somos capazes e comprá-los, presentear pessoas com eles e usá-los como forma de auto afirmação social, “coisificando-os” e os transformando em objetos de prazer, totalmente descartáveis quando não nos são mais úteis.

TUDO O QUE COMPRAMOS TEM UMA FINALIDADE, E QUANDO AQUILO NÃO TEM MAIS UTILIDADE, SIMPLESMENTE ENCOSTAMOS OU NOS DESFAZEMOS.

Assim é também com os animais, quando os encaramos como coisas. Bonitinhos quando filhotes, meio sem graça quando adultos, e descartados quando velhos e doentes.

Nosso grande, e talvez maior desafio, é nos convencermos e convencer nosso semelhante a respeitá-los como vida, como criaturas de Deus, como seres que merecem respeito.

Muitos dos animais comprados por impulso quando filhotes são descartados quando adultos ou idosos, indo parar muitas vezes nos CCZs (Carrocinhas), ou são recolhidos por protetores de animais que têm a difícil tarefa de reabilitá-los, castrar e doar.

Existe também, e nesse caso a mais cruel realidade, o fato de como esses filhotes “entram” no mercado. A maior parte deles são frutos de “criadores de fundo de quintal”, pessoas que realmente os vêem apenas como fonte de renda e deixam de trabalhar para se sustentar da exploração destes inocentes.

Além disso, como freqüentemente é feito cruzamento entre parentes, muitos animais nascem com problemas de formação e de saúde, estes também são abandonados, por não possuírem valor comercial. Outros são vendidos aparentemente sadios e desenvolvem doenças quando adultos. A consanguinidade provoca diversas doenças nos animais, inclusive câncer.
Muitas vezes as “matrizes” (machos ou fêmeas) como são chamados os animais colocados para procriar indiscriminadamente (o que evidencia de que se trata de um 'negócio'), são mantidas confinadas em gaiolas, por toda a vida, muitos desenvolvem transtornos comportamentais irreversíveis, nunca recebem carinho e quando envelhecem, adoecem ou desenvolvem qualquer doença (algumas decorrentes pelas constantes crias) são abandonados nas ruas, à própria sorte, para morrer à míngua. Isso quando não são sacrificadas.

Entenda: são produtos, fonte de renda e quando não podem mais proporcionar lucro, precisam ser descartados e substituídos.

Nós fazemos isso com tudo o que não nos é mais útil: celular, batedeira, computador etc..
O objetivo do criador é o lucro, e para obter isso ele deve otimizar a criação, minimizando os gastos e otimizando os lucros, mantendo as “matrizes” que dão lucros, descartando as que dão prejuízo, substituindo por novas sempre que necessário. Tal qual numa linha de produção de uma empresa qualquer.

O comprador de animais em feiras ou Pet shops não tem consciência disso, muitas vezes sequer imagina. Para ele quem vende animais o faz porque os ama... Assim como desconhece a quantidade imensa de animais que aguardam adoção nos Centro de Controle de Zoonoses das prefeituras, abrigos de animais abandonados mantidos por ONGs e protetores de animais independentes.

Quando você compra um animal, você financia a crueldade a que eles são submetidos, você contribui para que muitos sejam abandonados quando não tiverem mais utilidade, e ajuda a sustentar um comercio cruel e criminoso que explora seres inocentes que não podem se defender de nós, humanos.

Existe uma verdadeira Indústria de filhotes, que lucra mediante o sofrimento dos animais.
O Movimento de Proteção Animal em todo o país recebe um número cada vez maior de denúncias contra criadores.

Existem alguns criadores sérios sim, mas há muitos criadores luxuosos e que vendem animais por uma fortuna, que também escondem crueldade e abuso por trás de fotos que anunciam a venda de lindos animais.

Se você quer um animal para ser sua companhia, seu amigo, mas necessita de um cão que se adeque ao espaço em que vive, lembre-se que existem milhares de animais disponíveis para adoção, animais de todos os portes, pelagem e cor. Todos capazes de lhe proporcionar carinho, amor, alegria, companhia e amizade, tal qual qualquer “cão de raça”.

Se você, de alguma forma se convenceu da crueldade existente por traz da venda de animais e decidiu adotar ao invés de comprar, proporcionando uma nova vida a um animal que já existe e não alimentar à cruel indústria dos filhotes, passe essa idéia adiante.

Lembre-se que existem muitos animais abandonados que possivelmente nunca encontrarão um lar, a melhor forma de coibir isso é evitando a procriação, orientando aos seus amigos que castrem seus animais.

Adotar um animal sem raça e sem beleza externa só mostra o valor e a beleza de quem adota, e a certeza de ter realmente salvado uma vida lhe trará uma satisfação pessoal impagável.

Alie-se e divulgue as seguintes idéias:

* Animais são vidas e não produtos.
# Faça o criador, que se sustenta de explorar os inocentes animais, trabalhar.
# Amigo não se compra, se adota.
# AMIGO NÃO SE ESCOLHE POR RAÇA.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

pensando...

Eu penso q o nosso grande criador deu ao homem várias tarefas, q ele vai realizando so longo de sua vida. Uma dessas tarefas seria proteger a natureza, os animais, viver em harmonia com os seres, enfim, preservar a vida na terra. E como os homens falharam mto nessa tarefa, os humanos agora nascem com a tarefa de defender a natureza, os animais e o planeta da sanha predatoria e destrutiva de outros seren humanos.
Ja os animais nasceram com apenas 1 tarefa: tornar o mundo mais belo. A cada animal q o ser humano, maltrata, mutila, assassina o mundo fica + feio, como 1 mancha negra numa bela paisagem.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Os Treze Especistas

Nesse artigo, venho mostrar casos tanto ordinários quanto extraordinários de especistas. São modelos baseados em pessoas que realmente conheci, pessoalmente ou através de seus escritos.
Qualquer semelhança poderá, ou não, ser mera coincidência.
1. O vegetariano que come carne
Ele não é radical. Na verdade, ele não é nem um pouco radical. Ele é flexível, bastante flexível. “Vegetariano” pela saúde ou pelo meio-ambiente. Afinal, os animais são inferiores, e quando a mais leve fome bate a porta e o “vegetarianismo” perde sua conveniência, ele é o primeiro a devorar o defunto que jaz no meio da mesa. Normalmente esse não vê nenhum problema num copo de leite, num ovo, ou até mesmo no peixe. Pois, nenhum animal morreu para se obter o leite ou o ovo, e peixe dá em árvore.
2. O humanista sádico
Cidadão de bem. Ele quer o bem da humanidade, a frente do bem aos animais naturalmente. Normalmente, esse tipo não faz nada além de falar e falar. No máximo, faz doações irrisórias importantes (sem brincadeira) para ONGs humanitárias. Porém, ele odeia defensores dos direitos animais. Afinal, animais são inferiores do que, os também animais, humanos. Não que isso tenha alguma ligação em abster-se da exploração institucionalizada que eles sofrem, ou seja, em não viver a custa dos sofrimentos deles. É uma questão de preferência, de semelhança, tal como o racismo e o sexismo. “Brancos preferem brancos, por isso lincham negros (ou vice-versa)”; “Homens preferem homens, por isso escravizam mulheres (ou vice-versa)”. Obviamente, não há nada de errado em desviar a comida e terra arável para alimentação animal enquanto milhões estão com fome em seu próprio país. O importante é manter a pose.
3. O orgulhosamente especista
Ele é humano, se orgulha de ser humano e de ser superior que as outras espécies. Não é a toa que ele não perde vaquejada, rodeio, circo, churrasco, campanha de vacinação, caçada, pescaria… a lista continua. Se tem animal sendo subjugado, ele está lá. Ele precisa demonstrar como é superior ao ver a agonia do animal, ou seu corpo morto já… ou até mesmo pegar ele, torturá-lo e jogar para seu habitat mais uma vez. Afinal, ele é humano, superior. Tem direito de torturar, esquartejar, matar quem quiser. Isso que é ser humano para ele.
4. O protetor de animais
O correto seria colocar “protetor de alguns animais”, mas para esses animais são apenas gatos e cachorros. No máximo, algumas outras espécies de aves ou roedores “fofinhos”. Por algum motivo, eles amam esses seres ao ponto de tratarem tão bem, ou até melhor, quanto os seres humanos. Naturalmente, as outras espécies não são animais. Na verdade, eles só os conhecem já mortos… carne, defunto? Que ofensa herética. Claro que não. Carne é carne. Defunto é defunto. Respeite-os.
5. O ignorante feliz
Ele tem medo dos veganos. Não, não é que nem os pecuaristas desesperados ou as pessoas que nada tem para fazer no orkut que ficam colocando notícias patéticas de terroristas veganos nos tempos de ouro da ALF. Eles têm medo da verdade que os veganos falam. Documentário? Não obrigado. Ética? Não obrigado. Gastronomia vegana? Não obrigado, eu gosto de carne, quero continuar gostando de carne, e não quero sair de meu maravilhoso mundo mágico da Sadia.
6. O creófilo Bem-Estarista
O problema não é o uso, mas sim a forma que os humanos usam os animais. Não tem nada errado em matá-los prematuramente, escravizá-los ou algo do gênero, se os tratemos bem. Claro, eu não sei se o bife que comi ontem viveu bem nos seus campos, mas… acho que sim. Bem, eu não gostaria de ser morto e tal… nem ser escravo de ninguém. Mas isso é irrelevante, enquanto eu me sinto com consciência limpa e o dinheiro continua entrando nos cofres da indústria.
7. O bom pescador ou caçador
Ele mata sim. Ele gosta de matar. Matar é divertido. Puxar aquele gatilho ou aquele anzol, depois de esperar minutos e minutos. Muito divertido. Além de ser divertido, é muito mais humano do que confiná-los numa vida miserável e depois matá-los. Matemos enquanto eles dão um passeio por aí, mais humano impossível.
8. O viciado
Para ele, carne e laticínios deveriam ser categorizados como narcóticos. Causam dependência. Se ficar sem, passa mal. Se a cidade onde ele passou as férias é vegetariana (e não me falou onde viajou, para não o abandonar de vez), ele viaja para ir numa churrascaria. Esse aí tenta, tenta. Até quer ser vegetariano, mas coitado, não consegue. Até que criem centros de reabilitação (ou habilitação) para creófilos, ele estará tragicamente servindo de cemitério.
9. O ex-vegetariano
Esse já foi vegetariano, de verdade, em uma etapa homérica da sua vida. Deixou o vegetarianismo depois de começar esquecer das coisas, de ficar anêmico, agressivo e apresentar outros sintomas de deficiência de vitamina B-12. Por sinal, o que é a vitamina B-12? Além disso, acabou enjoando daquela meia dúzia de receitas com soja. Soja assada, soja frita, soja cozida… soja aquilo, soja.
10. O naturista
O ser humano é naturalmente adaptado para comer carne. Basta ver nossos caninos… enormes, para delicerar carne. Claro, nós também podemos fumar, nossas bocas são adaptadas para o fumo. Okay, o fumo deixa broxa e dá câncer, mas a carne também… hum, hum. Os animais também comem uns aos outros, nós podemos os comer. Eles também estrupam, cometem infanticídio… mas bem, isso não vem ao caso. Onde é que estávamos mesmo?
11. O religioso
No começo, Deus criou o homem e a mulher, além de todos os animais que rastejam no chão, voam pelos céus e nadam nos mares. O homem e a mulher possuíam alma e o domínio sobre os animais. Por isso que o homem e a mulher podem fazer todo tipo de coisa típica do Satanás com os animais. Afinal, os animais não possuem alma nem salvação para poderem ir ao inferno. Que o inferno deles seja na Terra mesmo.
12. O cientista
Coelhos são fofos, mas são mais fofos ainda com substâncias químicas concentradas pingando em seus olhos. Não que sejam imprescindíveis, sempre há um modelo computadorizado ou novos testes mais eficazes e baratos. Mas mexer naqueles bichinhos é tão legal. Divertido e que dá satisfação é fazer os testes medicinais neles. É um absurdo questionar os testes nesses animais, tão diferentes de nós, pois eles são tão parecidos conosco. Sem eles, como poderemos criar aquela pílula cheia de contraindicações e efeitos colaterais, que precisarão de mais pílulas para amenizar? E como faremos para conseguir aquele financiamento do CNPq?

13. O ambientalista
Usam roupas recicladas, fazem coleta seletiva, protestam contra energia nuclear e os desmatamento da amazônia. Depois de qualquer grande evento como esses, vai à churrascaria comemorar com a fumaça do desmatamento e a terra cansada do cerrado entre os seus dentes.
Treze exemplos que provavelmente todo vegano já chegou a conhecer, treze exemplos onde o especismo se mostra nas suas formas mais irracionais, comuns e incoerentes. A maioria dos especistas são uma combinação desses. Ambientalistas naturistas, cientistas religiosos, pescadores bem-estaristas, protetor de animais viciado… uma gama vasta dessa patologia moral que inferniza a vida dos animais desde antes de Aristóteles.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Diário de um cão

1ª Semana:
Hoje faz uma semana que nasci! Que alegria ter chegado a este mundo!

1º Mês:
A minha mãe cuida muito bem de mim. É uma mãe exemplar!

2º Mês:
Hoje separaram-me da minha mãe. Ela estava muito inquieta e com os seus olhos disse-me adeus como que esperando que a minha nova “família humana” cuidasse bem de mim, como ela havia feito.

4º Mês:
Cresci muito rápido. Tudo chama à minha atenção. Existem crianças na casa, são como “irmãozinhos”.

5º Mês:
Hoje castigaram-me. A minha dona zangou-se porque fiz xixi dentro de casa... Mas nunca me disseram onde eu deveria fazer. E como durmo na marquise, não aguentei!

6º Mês:
Sou um cão feliz. Tenho o calor de um lar, sinto-me seguro e protegido... Creio que a minha família humana me ama muito... Quando estão a comer convidam-me também. O pátio é só para mim e eu estou sempre a fazer buracos na terra, como os meus antepassados lobos, quando escondiam comida. Nunca me educam! Seguramente porque nada faço de errado!

12º Mês:
Hoje completei um ano. Sou um cão adulto e os meus donos dizem que cresci mais do que eles esperavam. Que orgulhosos devem estar de mim!!!

13º Mês:
Como me senti mal hoje... O meu “irmãozinho” tirou-me a minha bola. Como nunca toco nos seus brinquedos, fui atrás dele e mordi-o, mas como os meus dentes estão muito fortes, magoei-o sem querer. Depois do susto, prenderam-me e quase não me posso mover para tomar um pouco de sol. Dizem que sou ingrato e que me vão deixar em observação (certamente não me vacinaram)... Não entendo o que está a acontecer.

15º Mês:
Tudo mudou... vivo preso no pátio... na corrente... Sinto-me muito só.... a minha família já não me quer... às vezes esquecem-se que tenho fome e sede e quando chove não tenho teto para me tapar.

16º Mês:
Hoje tiraram-me a corrente. Pensei que me tinham perdoado...Fiquei tão contente que dava saltos de alegria e o meu rabo não parava de abanar. Parece que vou passear com eles. Entrámos no carro e andámos um grande bocado. Quando pararam, abriram a porta e eu desci a correr, feliz, crendo que era um dia de passeio no campo. Não entendo porque fecharam a porta e se foram embora... “Esperem!!!” – Lati. Esqueceram-se de mim! Corri atrás do carro com todas as minhas forças... a angustia aumentou ao perceber que o carro se afastava e eles não paravam. Tinham-me abandonado...

17º Mês:
Procurei em vão encontrar o caminho de volta a casa. Sento-me no caminho, estou perdido e algumas pessoas de bom coração olham-me com tristeza e dão-me de comer... Eu agradeço com um olhar do fundo da minha alma. Porque não me adoptam? Eu seria leal como ninguém. Porém apenas dizem “Pobre cãozinho, deve estar perdido.”.

18º Mês:
No outro dia passei por uma escola e vi muitas crianças e jovens como os meus “irmãozinhos”. Cheguei perto deles e um grupo, aos risos, atirou-me uma chuva de pedras – para ver quem tinha melhor pontaria. Uma dessas pedras atingiu um dos meus olhos, e desde então não vejo.

19º Mês:
Parece mentira, mas quando eu estava mais bonito as pessoas compadeciam-se mais de mim... Agora que estou mais fraco, com aspecto mudado... perdi o meu olho, as
pessoas tratam-me aos pontapés quando pretendo deitar-me à sombra.

20º Mês:
Quase não me posso mexer. Hoje ao atravessar a rua por onde passam os carros, um deles atropelou-me. Pelo que sei estava num lugar seguro chamado sarjeta, mas nunca me vou esquecer do olhar de satisfação do motorista ao faze-lo. Oxalá me tivesse morto... Porém só me partiu as pernas. A dor é terrível, as minhas patas traseiras não me respondem e com dificuldade arrastei-me até uma moita de ervas completamente fora da estrada. Não me posso mover, a dor é insuportável, nunca me abandona. Sinto-me muito mal, estou num lugar húmido e parece que o meu pêlo está a cair. Algumas pessoas passam e não me vêem; outras dizem “Não te aproximes”. Já estou quase inconsciente. Porém uma força estranha fez-me abrir os olhos. A doçura da sua voz fez-me reagir. “Pobre cãozinho, como te deixaram”, dizia. Junto a ela estava um senhor de roupa branca que começou a tocar-me e disse “Minha senhora, infelizmente este cão não têm remédio que o salve, o melhor é que deixe de sofrer”.
A gentil senhora consentiu com os olhos cheios de lágrimas. Como pude, mexi o rabo e olhei para ela, agradecendo por me ajudar a descansar... Senti somente a picada da injecção e dormi para sempre, pensando em porque nasci se ninguém me queria...

domingo, 24 de janeiro de 2010

Reflexão

"... O mais altruísta dos amigos que um homem pode ter neste mundo egoísta, aquele que nunca o abandona e nunca mostra ingratidão ou deslealdade, é o cão"
" Senhores Jurados, o cão permanece com seu dono na prosperidade e na pobreza, na saúde e na doença. Ele dormirá no chão frio, onde os ventos invernais sopram e a neve se lança impetuosamente. Quando só ele estiver ao lado de seu dono, ele beijará a mão que não tem alimento a oferecer, ele lamberá as feridas e as dores que aparecem nos encontros com a violência do mundo.
Ele guarda o sono de seu pobre dono como se fosse um príncipe.
Quando todos os amigos o abandonarem, o cão permanecerá.
Quando a riqueza desaparece e a reputação se despedaça, ele é constante em seu amor como o Sol na sua jornada através do firmamento. Se a fortuna arrasta o dono para o exílio, o desamparo e o desabrigo, o cão fiel pede o privilégio maior de acompanhá-lo, para protegê-lo contra o perigo, para lutar contra seus inimigos. E quando a última cena se apresenta, a morte o leva em seus braços e o corpo é deixado na laje fria, não importa que todos os amigos sigam seu caminho: lá ao lado de sua sepultura se encontrará seu nobre cão, a cabeça entre as patas, os olhos tristes mas em atenta observação, fé e confiança mesmo à morte".

Este tributo foi apresentado ao júri pelo ex-senador George G. Vest ( então advogado), que representou o proprietário de um cão morto a tiros propositadamente, pelo vizinho. O fato ocorreu há um século na cidade de Warrensburg, Missouri, nos EUA. O senador ganhou o caso e hoje existe uma estátua do cão na cidade e seu discurso está inscrito na entrada do tribunal de justiça ainda existente na cidade

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Os amigos abandonados


No verão, quase dobra a quantidade de cães brasileiros que vão parar
nos abrigos ou nas ruas porque seus donos não os querem mais.

Nathália Butti

Assim como agosto é chamado o mês do cachorro louco, o verão é a estação do cachorro abandonado. Muita gente viaja, não tem onde deixar o bicho e prefere abrir mão dele. A Sociedade União Internacional Protetora dos Animais (Suipa), que abriga 8 000 cães e gatos no Rio de Janeiro, costuma acolher em média quarenta animais abandonados por dia – no verão, o número sobe para sessenta. Calcula-se que haja no planeta 250 milhões de cães domésticos, 32 milhões deles no Brasil – a segunda maior população canina do mundo, atrás apenas da dos Estados Unidos. Além das férias, entre os motivos mais frequentes que levam muitos donos de cachorros a abandoná-los estão a mudança da família para uma casa menor, a perturbação causada pelos latidos e o desconhecimento do trabalho que dá criar um animal.

Lançar mão de entidades como a Suipa é a opção de muita gente que deseja renunciar ao seu bichinho, mas existem outros recursos menos convencionais – para não dizer cruéis. É comum que os cães sejam simplesmente largados nas ruas e estradas. Há quem lance mão de um truque desonesto: levar o cachorro ao pet shop, para tomar banho, e não voltar para recolhê-lo. Cansados de receber calotes desse tipo, há três meses os proprietários do Pet Center Marginal, em São Paulo, passaram a exigir a apresentação de identidade dos clientes. Dessa forma, podem rastreá-los caso desapareçam. "As pessoas traziam o animal aqui para banho ou tosa e nunca mais vinham buscá-lo", conta Valéria Bento, gerente do estabelecimento.

Para o cão, o abandono por parte do dono é uma experiência devastadora, da qual ele dificilmente se recupera. Os cachorros, como seus ancestrais, os lobos, são programados pela evolução para seguir o líder da matilha. No caso dos cães de estimação, esse líder é o dono – sem ele, o animal fica desorientado e perde suas referências. Muitos recusam comida, entram em depressão e chegam a morrer de tristeza. "Quando o cão tem um líder e o perde, vive uma eterna busca para obtê-lo de volta", diz Hannelore Fuchs, veterinária e psicóloga de animais, de São Paulo. A única forma de reverter a carência e a aflição dos cães abandonados é encontrar-lhes um novo dono. Esse é o papel dos autodenominados protetores independentes, pessoas que, sem o apoio de instituições, recolhem cachorros das ruas, dão abrigo, alimento e vacina aos bichinhos e depois correm atrás de um novo lar para eles.

A atriz carioca Betty Gofman é uma das pessoas engajadas nessa causa. Três anos atrás, ela viu uma cadelinha em meio a uma poça de lama na estrada. Sentiu pena, mas passou reto. Quando decidiu voltar para resgatá-la, soube que havia sido atropelada. A experiência fez com que começasse a recolher animais abandonados nas ruas. "Tenho um acordo com meu marido de pegarmos, no máximo, dois cachorros ou gatos por vez. Nos últimos três anos, já consegui lar para mais de 100 animais e fico com eles o tempo que for preciso", conta Betty, que tem seisanimais de estimação permanentes. O trabalho do biólogo Lito Fernandez, de São Paulo, tomou proporções ainda maiores. Depois de encher a casa de animais – já chegou a ter oitenta bichos juntos e a contratar pessoas para ajudá-lo na manutenção –, ele organizou o Projeto Natureza em Forma, que promove a adoção de animais abandonados. O projeto funciona há seis anos, conta com 25 voluntários e já conseguiu lar para 2.200 cães. Fernandez recolhe os animais no Centro de Controle de Zoonoses e os leva a feiras e eventos onde possa haver pessoas interessadas em adotá-los.

Um fator que colabora para elevar o número de cães abandonados é que, de tempos em tempos, torna-se moda possuir um animal de determinada raça. Desde que a collie Lassie fez sua estreia nas telas de cinema, em 1943, basta uma raça ganhar os holofotes para que a procura por seus espécimes aumente (veja o quadro abaixo). Passado o modismo, muitos donos não querem mais saber de exibir o animal, ou acham que ele dá muito trabalho. Há três anos, o empresário paulista Marcelo Januário leu o best-seller Marley & Eu, do americano John Grogan, em que os protagonistas são um labrador e seu dono, e se entusiasmou com a ideia de comprar um cão da mesma raça. Pagou 630 reais por um filhote de fêmea, mas, dois anos depois, precisou doar o animal. "Ela passava muito tempo sozinha, então comia desde sapatos até o controle remoto, destruiu o sofá e latia a noite toda. Eu a adorava, mas não tinha noção do trabalho que dava", explica Januário.

Para estimular a posse responsável de animais e diminuir o abandono de cães nas ruas e abrigos, há dois anos o governo suíço promulgou uma lei curiosa. Quem compra um cachorro, além de registrá-lo, precisa fazer um curso que envolve teoria (necessidades e desejos dos animais) e prática (situações que podem acontecer durante um passeio com o animal, por exemplo). Abandonar o melhor amigo do homem não é hábito só dos brasileiros.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Omissão

“Para que o mal triunfe, basta que os bons não façam nada”.
(Edmond Burke)

Creio que alguns de vocês já tiveram a oportunidade de assistir aos documentários sobre nossos irmãos em abatedouros, sobre outros irmãos utilizados para testes e experiências, já ouviram falar das atrocidades cometidas contra os irmãos utilizados para artigos de peles, para circos, zoológicos, enfim, um sem-número de atividades que nada mais são do que a exploração dos irmãos animais. Por trás da exploração está aquele, cujos motivos são o lucro, cujo propósito é tirar vantagem, sem levar em consideração a vida e os direitos do outro.

Mas por trás disso também estamos nós, consumidores que, esquecendo de nossos irmãos, consciente ou inconscientemente, apoiamos seu abuso quando compramos seus serviços e produtos. Reproduzo aqui um dos apelos do beatle Paul Mc Cartney: “Não comprem objetos confeccionados com partes de animais: dentes de elefantes (marfim) com pelos e peles de animais, vestuário de couro, brinquedos, chaveiros, cintos, tapetes. São objetos conseguidos por meio de muito sofrimento, de mortes, são recheados de terror. Não carreguem essa vibração com vocês!”

Se não queremos mais ser usados para algo que não concordamos, algo que não combina com nossa moral, nossa ética, nossa alma, então é muito importante nos informarmos, ficarmos alertas para evitarmos escolhas que podem ir contra os nossos princípios.

Todos os nossos irmãos do Reino Animal precisam que estejamos cada vez mais conscientes da situação deles no Planeta, para que possamos, no mínimo, não sermos aqueles que ainda pioram sua situação.

Além disso, podemos também nos dispor a ajudá-los, e há muitas formas de fazer isso:
- Uma delas é não comê-los. As pessoas que têm interesse financeiros na continuidade desses atos de comermos a carne de nossos irmãos fazem o possível para disfarçar que aquilo que vendem é carne, de um seu irmão que tinha sua vida, vida essa tirada para que ele estivesse ali, no açougue, no supermercado, no restaurante, à espera de quem queira pagar pelo serviço de matança.

Em geral esse ser é apresentado em partes, de tal forma que pouco lembra aquele indivíduo enquanto vivo. Vem impregnado de temperos, corantes, conservantes e outros produtos químicos para disfarçar a decomposição que acontece naturalmente a qualquer corpo sem vida.

Será que se, para que pudéssemos comer a carne de um boi, uma galinha, um porco precisássemos matá-los com nossas próprias mãos, olhando nos olhos deles, ouvindo seus gritos, será que o faríamos?

No entanto, pagamos para que outros o façam, e os cozinhamos como se não tivéssemos nada a ver com isso… e ainda, em geral enganamos nossos filhos, omitindo aquela origem.

Quando nos referimos aos nossos irmãos, evidente que estamos falando também dos peixes e crustáceos, todos os habitantes das águas, porque, apesar de alguns restaurantes os chamarem de “frutos do mar”, eles não crescem em árvores e são seres vivos, que sentem medo e dor como os demais animais, humanos ou não.

- Outra forma de ajudar os animais é não apoiar rodeios, circos, zoológicos, programas de nadar com golfinhos, caças, touradas, vaquejadas etc. e nem as empresas que os patrocinam;

- Adotar, e não comprar animais de estimação, é também uma forma muito eficaz de ajudar os animais domésticos. Comprar um animal, seja doméstico ou silvestre, é concordar com sua exploração. E eles precisam do contrário, precisam que nós os salvemos. Precisam urgentemente de socorro. Nossos irmãos cães, gatos, cavalos, aves também estão sendo explorados, abusados, encarcerados, enjaulados, feridos, abandonados, tratados como objetos, como se não fossem seres vivos, sencientes, como se fossem coisas, produtos comerciáveis.

Da mesma forma como é proibida a comercialização de bebês humanos ou de órgãos humanos, deveria ser proibido também o comércio de animais. Certamente isso mudaria o panorama do intenso tráfico de animais e seria solução para muitos dos problemas de fiscalização e impunidade dos inúmeros crimes praticados contra eles. Para ajudar, além de não comprar, podemos trabalhar para que haja a proibição do comércio.
Podemos também sugerir aos parlamentares que conhecemos, para que se crie uma delegacia do animal.

Muitos de nós nos condoemos ao saber de uma situação de crueldade, ficamos com pena e temos boa intenção, comentamos com outros, como se assim passássemos adiante a responsabilidade. Isso não resolve, não ajuda. É preciso também a ação. Se alguém sofre pela situação de um animal e não faz nada, fica apenas o sofrimento. O da pessoa, e o do animal.

Em geral precisamos de ajuda para persistir na ação inteligente, para que ela atravesse a boa intenção e torne-se ação efetiva e constante em nossa vida.
Essa ajuda não vem de fora; esse estado, que gera o comportamento positivo, ativo, está dentro de nós; só temos que reconhecê-lo e almejar; a ajuda vem do estado de oração, da conexão com nosso eu mais profundo. Esse é o canal, para que a sabedoria maior esteja no comando de nossas ações. A compaixão, a solidariedade, a bondade estão dentro de nós… Só precisamos ter a coragem de expressá-las!

Numa segunda etapa, pode vir também ajuda externa, depois que já tivermos movimentado a roda do fazer. A partir de nosso exemplo, é bem provável que mais alguém, motivado pelo nosso exemplo se aproxime, encorajado a ajudar.

“Lembremo-nos de que, quando assumimos uma tarefa movidos pelo impulso da alma, temos ajudas especiais, nos momentos adequados”. (Trigueirinho)

Nota-se que quem está engajado em uma tarefa, uma causa, não tem depressão. Porque está transformando a impotência em potência, em ações positivas, está fazendo o que acredita ser correto e necessário fazer.

Para se ter mais liberdade, é útil identificarmos nossos vários eus: o eu medroso, o eu corajoso; aquele eu que mostramos aos outros; aquele que pensamos que somos; aquele que pensamos que deveríamos ser; aquele que os outros acreditam que somos… Qual deles queremos expressar? Qual deverá comandar nossa vida?

Enquanto não formos lá no interior silencioso conhecer nosso verdadeiro eu, aquele eu pacífico, inspirado, compassivo, altruísta, desapegado, intuitivo, amoroso, corremos o risco de gastar toda uma encarnação, ou várias, vivendo outro que não o único verdadeiro eu.

Por outro lado, quando nos desarmamos um pouco de nossos eus confusos, indecisos, obscuros, e deixamos emergir aquele eu sábio, nós recuperamos a coragem de fazer o bem. E com as ações resultantes dessa coragem, encontramos um sentido mais profundo para nossas vidas.

Pensemos juntos:

Se somos filhos de Deus, e se Ele, o Pai, viveu e vive para fazer o bem, que dúvidas ainda podem restar quanto à nossa tarefa?

Doar, doar, doar. Nos doar, doar trabalho, serviço, doar recursos. Doar trabalho é doar fé. É apoio. É manifestação de fé naquele projeto. Doar dinheiro é uma manifestação de confiança na correta aplicação daquilo.

Eu pergunto: nessas alturas dos acontecimentos, aqueles que têm alguma energia monetária, fazer o que com ela? Comprar mais um carro, deixar no Banco para ver ao que acontece? Encomendar um caixão de ouro? Acumular para deixar em herança? Vamos lembrar que a herança do exemplo de altruísmo, compaixão, desapego e solidariedade é ainda mais necessária. E essa não há crise financeira que leve embora.

Deveríamos dar graças a Deus se temos algum projeto confiável para onde dirigir parte desses recursos que estão sob nossa responsabilidade; recursos confiados a nós, para fazermos deles o melhor. Devemos dar graças por existirem projetos – já em andamento – de grupos que colocam em prática ações de acolher, curar, encaminhar, seres necessitados de todos os reinos para podermos repassar parte de nossos recursos, de nossa responsabilidade.

Há grupos que realizam o trabalho de resgatar e acolher animais em situação de risco e precisando de ajuda. Muitos desses irmãos animais sofreram maus-tratos severos nas mãos de seres menos esclarecidos e o mínimo que podemos fazer a esses irmãos é oferecer o oposto do que receberam: acolher, amar, curar, encontrar seres amorosos para adotá-los.

Se alguém quer ajudar os animais, quer fazer parte do serviço de redenção do carma negativo humano relativo a eles, participe disso. Doe material, doe serviço, doe recursos, e se alguém tem muito amor pelos animais para doar, adote! Doe um lugar no seu lar, chame-o para compartilhar do que você tem, oferte-se para ser seu guardião.

Se alguém já é um daqueles que sempre doam, doe um pouco mais
e se alguém nunca doou, doe hoje, não deixe a oportunidade passar.
Quando doamos ficamos mais leves, em todos os sentidos…

Pode-se também pode doar serviço participando de abaixo-assinados pela internet, cadastrando-se em listas de informativos de ONG’s para ficar informado, participando de manifestações pacíficas em prol do direito e do respeito à vida dos animais,

Alguém pode reunir pessoas em sua cidade para ajudar animais perdidos e abandonados; procurar uma ONG ou uma protetora independente local e ofertar serviço.

Com iniciativa, coragem, intuição, a ação sai melhor do que a gente pensava que era capaz.

Um dos ensinamentos de Buda diz:
“Não basta deixar de praticar o mal; é hora de praticar o bem.”
Esse ensinamento não é novidade para nós, e certamente todos concordamos com ele; mas será que o colocamos em prática?

É por meio do exemplo positivo que podemos melhorar o mundo. Ética não se ensina falando sobre ela; ética se pratica, e se irradia pelo exemplo, ao se agir com responsabilidade e consciência.

Podemos agora mesmo tomar a decisão de sermos éticos com os animais. Não só por eles, o que já seria motivo suficiente; mas também por nós mesmos, individualmente e como humanidade.

Vamos parar de construir carma tão negativo, vamos parar a matança, os abusos, o egoísmo, a indiferença, a omissão.

Vamos nos colocar no lugar desses nossos irmãos animais e nos perguntar: Isso que eles estão passando é justo? Se fosse comigo eu gostaria? Não? Se não é bom para mim, também não é bom para os irmãos animais.

Ninguém gosta de ser maltratado, abusado, abandonado, explorado, ninguém gosta de ter sua vida roubada.

Podemos nos decidir agora, neste instante, a fazer parte daqueles que pesam na balança do carma positivo. Daqueles que agem para equilibrar esse carma.
Você vai perder esta oportunidade?

Citação de Tereza D´Ávila no livro Nada te perturbe: ” Seu amor não pode ser algo que você imagine, algo que você deseje. Você deve prová-lo através de obras.”
E acrescenta: “O amor não pode ser escondido”.